Kolt was featured in NiT Magazine, a Portuguese digital magazine known for providing up-to-date information and content in various areas, including fashion. This magazine is recognized for its modern and dynamic approach, targeted towards a young and urban audience.
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Todos os envolvidos no projeto são criativos emergentes. A insígnia nacional aposta em desenhos ousados e sem género.
Nuno Martinho passou grande parte da infância sentado no chão da fábrica têxtil onde a mãe trabalhava. Até aos 10 anos, assistia com atenção aos sucessivos movimentos de corte e costura dos trabalhadores que passavam o dia à volta dos tecidos. Estas foram as suas primeiras lições — muito antes de se sentar numa sala de aula pela primeira vez. Na altura, nem sequer sonhava fundar uma marca.
“Era um miúdo. Estava lá a chatear, queria brincar e só atrasava”, começa por contar à NiT. “Mas observava tudo, via as peças a serem criadas ao milímetro para não haver desperdício. E isso chamou-me logo à atenção.”
Apesar do fascínio, acabou por seguir um percurso diferente. Atualmente, com 25 anos, é formado em gestão de marketing — mas o gosto pela moda não se desvaneceu, pelo contrário. Tornou-se num apreciador de streetwear, em parte, também inspirado pelos amigos que se identificavam com o estilo.
Dedicada a um público “cool, jovem e dinâmico”, a marca Kolt Original foi lançada a 3 de junho é o resultado dessa paixão. Nuno apresentou a ideia ao amigo Luís Oliveira, 22 anos, que não hesitou em colaborar: “[Ele] fez todo um plano financeiro detalhado com vários cenários do mais positivo à perda total”, acrescenta.
A primeira coleção, chamada Yamar, tem sido um sucesso. A dupla lançou várias T-shirts sem género que combinam a descontração do estilo urbano com desenhos arrojados. Uma delas, de edição limitada, tem a frase “feel the movement” (ou seja, “sente o movimento”, em português) gravada, em referência à comunidade streetwear.
“O Luís desenha desde sempre, mas chegámos a um ponto em não encontrávamos o modelo perfeito. Na internet, conhecemos um designer chamado Yaman a quem pedimos ajuda. Só que o Luís chamava-o Yamar e, só depois de um mês e meio de trabalho, é que percebeu o erro”, explica, sobre a história curiosa por trás da linha de estreia.
Já o nome da etiqueta foi uma decisão mais complicada de tomar. Inicialmente chamava-se Kold Original — para brincarem com a abreviação K.O. No entanto, passaram por vários problemas no registo da marca porque já era utilizado. Decidiram procurar alternativas até optarem por Kolt Original.
Durante o desenvolvimento da linha, os fundadores contaram com o apoio de vários amigos. Da escolha do tecido ao design final, o núcleo mais próximo foi incluído no processo, deram motivação e criaram uma pequena comunidade “como se fosse uma onda”, explica.
Desde o início, decidiram que se queriam rodear de jovens que estão em início de carreira para alavancar o projeto. O fotógrafo, por exemplo, é um artista emergente, enquanto os modelos são todos pessoas conhecidas. Toda a mão de obra representa o mesmo que as peças à venda: um espírito jovem.
Criados os designs, todas as peças são produzidas em fábricas no norte de Portugal. A qualidade era a prioridade dos empreendedores por isso, optaram por uma composição com 100 por cento de algodão e um estampado “que não fique picotado ao fim de 10 lavagens”. A principal meta é que os modelos possam ser usados durante muito tempo.
“Não esperávamos que tivesse tanta saída. Até já estamos a trabalhar numa coleção de inverno”, conclui Nuno, acrescentando que querem apostar na expansão a outros mercados. De forma orgânica, já receberam encomendas de França e de Inglaterra — mas ainda têm muitos países onde gostariam de entrar.
Todas as peças da Kolt Original já estão à venda no site da marca, com preços entre os 29,90€ e os 34,90€. Carregue na galeria para as conhecer."